RIO - O presidente do grupo EBX, Eike Batista, e o da subsidiária de mineração, a MMX, Roger Downey, acreditam que os preços do minério de ferro no longo prazo tendem a subir ainda mais, para permitir que projetos mais caros saiam do papel e atendam à necessidade internacional do metal.
"Se a gente pensar na valorização, nós vemos projetos consolidados que chegam a US$ 100 por tonelada facilmente no longo prazo. A gente realmente tem que abalar a terra e mostrar ao mercado que a venda a US$ 60 por tonelada não vai acontecer", disse Eike, em teleconferência com analistas.
Ele explicou que, atualmente, estão se desenvolvendo projetos mais rentáveis, mas, adiante, para a outra metade, considerada "necessária", será preciso elevar os preços. "Ou os preços do minério de ferro terão que subir, ou essa metade não vai acontecer", disse.
Para Downey, a MMX nunca esteve em condições melhores do que atualmente. A companhia já está gerando caixa e, segundo o presidente, em montante suficiente para financiar seus projetos.
"Temos variedade de produtos que vai nos permitir crescer de forma fantástica. Acreditamos que as siderúrgicas que negociam minério de ferro veem valorização muito grande dos seus ativos, e veem um mundo mais restrito de minério de ferro. Por isso, vamos ver preços mais caros para minério de ferro no futuro", disse.
Ele lembrou que, no ano passado, foram feitas vendas consideradas estratégicas para grandes tomadores de minério. É daí que vem o caixa que a MMX começou a gerar. Eike Batista informou ainda que outras subsidiárias de seu conglomerado também vão passar a gerar caixa este ano, a partir de agosto: a OGX, a OSX e a MPX. A LLX só deve começar a gerar em 2013.
( Fonte: Valor Econômico/Juliana Ennes)
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