"Imagine a reação de todos os ministros de um país que vive do petróleo, reunidos em uma sala, ouvindo a proposta de deixarmos 20% de todo o nosso óleo sob a floresta", lembra Alberto Acosta, ex-ministro de Energia do Equador e autor da ideia. Poucos ministros reagiram com entusiasmo, alguns com distanciamento, a maioria disse que era loucura. Mesmo assim, a proposta andou. No Equador se discute o que vale mais: Amazônia ou petróleo?
No Parque Nacional Yasuní, a leste do país, está uma das mais altas taxas de biodiversidade do mundo. Sob essa espécie de "Arca de Noé", reservas estimadas em US$ 7,6 bilhões. O Equador quer uma compensação internacional para deixar o petróleo onde está. Concorda em receber a metade do que ganharia ao deixar de emitir 407 milhões de toneladas de CO2. Mas a crise econômica internacional e a escalada do preço do petróleo ameaçam a iniciativa.
Fonte: Valor Econômico/Daniela Chiaretti | De Yasuní, Equador
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