Estudos realizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universiade de São Paulo (Esalq/USP), em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e divulgados nesta quinta-feira (16) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia de soja e do biodiesel pode crescer 11,29% em 2025. Se confirmada a previsão, ele representaria 21,1% do PIB do agronegócio e 6,1% do total nacional.
Os pesquisadores estimam que a produção prevista de170,3 milhões de toneladas de soja levaria a crescimento de 23,39% no PIB do segmento. Já na agroindústria, a expectativa do estudo do Cepea/Abiove é de avanço de 4,02%, impulsionado pelo esmagamento de soja. Além disso, há previsão de que o PIB dos agrosserviços deve crescer 9% e o de insumos, 2,72%. Os preços da cadeia produtiva permaneceram estáveis no segundo trimestre de 2025 frente ao mesmo período do ano passado, devido às elevações ao longo de 2024 e também à desvalorização de produtos agroindustriais no segundo trimestre de 2025.
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O estudo revelou que cresceu 4,2% o número de pessoas trabalhando na cadeia produtiva da soja e do biodiesel no segundo trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado, totalizando 2,327 milhões de trabalhadores. E isso fez com que a participação da cadeia produtiva na economia brasileira tenha sido de 2,27% e de 10% no agronegócio.
De acordo com pesquisadores do Cepea/Abiove, a maior área destinada ao plantio da soja e o uso de tecnologia levaram o segmento de insumo a registrar aumento de 4,51% no número de pessoas ocupadas, o que representa em torno de 6,2 mil pessoas. Já na produção do grão, foi registrada queda de 15,6%, ou 69,3 mil pessoas, no total de empregos. Na agroindústria, o número de trabalhadores cresceu 0,74% e no agrosserviços quase 10%, correspondentes a mais de 156 mil vagas.
Segundo o levantamento, as exportações brasileiras da cadeia de soja e do biodiesel totalizaram 49,68 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2025, 1,5% a mais que no mesmo período de 2024, mas a receita caiu 8,3%, atingindo 19,47 bilhões de dólares, por causa da redução de 9,56% nos preços da soja e de 15,7% nos do farelo, enquanto os do óleo subiram 9,56%. A China foi o principal destino da soja no período, enquanto União Europeia e Sudeste Asiático se destacaram na compra do farelo e a Índia na do óleo.