As exportações chinesas tiveram a maior queda em mais de um ano no mês de março, o que deteriora as perspectivas para um dos setores da economia com melhor desempenho nos últimos meses.
Os embarques, em yuans, caíram 14,6% em relação a um ano atrás, informou o governo. A expectativa de analistas era de alta de 8,2%. As importações caíram 12,3%, o que deixou o país com um superávit de 18,16 bilhões de yuans (cerca de US$ 3 bilhões).
A queda nas exportações levanta dúvidas sobre a firmeza da demanda global e aprofunda os desafios para uma economia com excesso de capacidade e um setor imobiliário cambaleante. Nos últimos seis meses, o banco central do país relaxou as regras para compras de imóveis, cortou duas vezes as taxas de juros e reduziu a o volume dos compulsórios bancários, enquanto economistas preveem novas medidas de estímulo.
"O consumo está fraco, o investimento está se desacelerando, e agora as exportações vieram mais fracas do que o esperado", disse Liu Xuezhi, economista do Bank of Communications, em Xangai. "A pressão negativa sobre o crescimento econômico está crescendo, tornando mais urgente para o governo começar a adotar mais políticas pró-crescimento."
Os dados do PIB (Produto Interno Bruto), a serem divulgados amanhã, devem mostrar que a economia cresceu 7% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2014, segundo mediana das estimativas de 38 economistas ouvidos pela Bloomberg. Caso isso se confirme, a China terá crescido ao ritmo mais lento desde o primeiro trimestre de 2009.
Fonte: Valor Econômico/Bloomberg
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