O volume de exportações da indústria brasileira de celulose apresentou forte recuperação em julho, pelo segundo mês consecutivo, com base em dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Foram exportadas 748,2 mil toneladas no mês passado, resultado 10,9% superior ao registrado em julho de 2011. Em junho, o indicador já havia crescido 8,1% ante igual mês do ano passado, para 730 mil toneladas. O resultado do mês passado, além de ser 2,5% superior ao de junho deste ano, representa o maior nível de vendas do setor desde março passado.
A expansão do volume vendido compensou o preço médio mais baixo do produto e com isso a receita brasileira com exportações alcançou US$ 402,4 milhões (preço FOB) em julho, número 0,7% superior ao verificado em julho do ano passado. O preço médio da tonelada comercializada teve queda de 9,2% em igual base comparativa, alcançando R$ 537,8 por tonelada em julho.
Na comparação entre julho e junho deste ano, a receita cresceu 1,6%, a despeito da queda de 0,9% no preço médio da tonelada vendida. A leve oscilação no preço médio reflete a trajetória de queda dos valores aplicados à celulose vendida no mercado spot internacional ao longo das últimas semanas.
Minério de ferro
As vendas externas de minério de ferro no mês de julho somaram 27,251 milhões de toneladas, volume que representa um crescimento de 5,3% em relação ao registrado no mês imediatamente anterior. Na comparação com julho de 2011 o volume ficou praticamente estável (-0,26%).
Ainda de acordo com dados da Secex, o preço do minério de ferro no período foi de US$ 104,3 a tonelada, abaixo da média negociada em junho, de US$ 106,2. Na relação com o preço de julho de 2011 houve uma queda de 23,9%.
As exportações de laminados planos em julho atingiram 148,6 mil toneladas, um recuo de 12% ante o verificado no mês anterior. O preço da tonelada do produto negociado somou US$ 906,8, crescimento de 3,55% em relação a junho.
Fonte: AE / André Magnabosco e Fernanda Guimarães
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