DE BRASÍLIA - Depois de registrar um aumento de 32% em 2010, as exportações devem ter uma forte redução no seu ritmo de crescimento neste ano.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a meta é fazer com que os embarques de produtos para o exterior cheguem a US$ 228 bilhões, valor que, se confirmado, significará alta de 13%.
Para o secretário de Comércio Exterior do ministério, Welber Barral, o crescimento mais moderado reflete a expectativa de que o ritmo de expansão da economia mundial se desacelere.
Para fazer sua projeção, o ministério usou como parâmetro um relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) que diz que o crescimento da economia mundial será de 4,2% em 2011, contra 4,8% estimados para 2010.
Como consequência, as exportações mundiais devem cair de 19,1% para 9,2%. Por isso, Barral diz ser positivo o fato de o Brasil poder manter um nível de crescimento nas vendas externas acima da média mundial, ainda que isso represente queda em relação a 2010.
As exportações brasileiras no ano passado foram as maiores da história, mas o resultado foi compensado pela alta nas importações, que somaram US$ 181,6 bilhões, 42,2% mais que em 2009.
Com isso, o saldo da balança comercial em 2010 foi o mais baixo desde 2002: o superavit caiu 19,8% ante 2009, para US$ 20,3 bilhões. O ministério não divulga projeções para este ano, e o Banco Central espera superavit de US$ 11 bilhões.
O aumento nas importações foi causado, principalmente, por bens duráveis. No ano passado, porém, um dos fatores que sustentou o crescimento das exportações foram as commodities, cujos preços no mercado internacional registraram forte alta.
Os três principais produtos exportados pelo país foram minério de ferro, petróleo bruto e soja em grão.
Fonte: Folha de São Paulo
PUBLICIDADE