Os preços do petróleo atingiram o maior patamar de 2019, influenciados pela escalada dos conflitos na Líbia, que traz temores de interrupções na produção do país norte-africano rico na commodity. As cotações já vinham sendo pressionadas para cima pelos cortes nas cotas de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Na Ásia, o petróleo do tipo Brent foi negociado a US$ 70,69 o barril, maior valor no ano. Na semana passada, o referencial internacional do petróleo havia passado da marca de US$ 70 pela primeira vez desde novembro de 2018, impulsionado pelos cortes de produção da Opep e pela queda na oferta no Irã e Venezuela, afetada por sanções dos Estados Unidos.
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O barril do petróleo WTI, referencial dos EUA, chegou a ser negociado a US$ 63,49, maior cotação desde o início de novembro.
A valorização chega depois de o líder militar sírio Khalifa Haftar, que controla o leste do país, ter iniciado uma ofensiva contra o governo em Trípoli, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Combates foram travados na periferia da cidade ao longo do fim de semana.
Analistas do banco ANZ alertaram para o risco de problemas no fornecimento da Líbia. Embora os combates atualmente estejam ocorrendo longe dos principais campos petrolíferos, “o risco de que isso se expanda pelo país aumenta a cada dia”.
“O sentimento na sexta-feira [também] foi motivado pelos dados mostrando fortes números no emprego nos EUA”, acrescentaram os analistas do ANZ. “Isso ajudou o mercado a ignorar o maior aumento na atividade de perfuração em 12 meses.”
Fonte: Valor