SÃO PAULO - A estratégia de expansão do grupo Gerdau no negócio de minério de ferro está de fato congelada e não tem previsão de ser retomada. Pelo menos nos atuais níveis de preço da commodity no mercado internacional, reiterou nesta quarta-feira, André Gerdau Johannpeter, presidente do grupo, a analistas em teleconferência.
Segundo o presidente da siderúrgica, o foco será voltado para atender o suprimento de sua usina Açominas, em Ouro Branco (MG), que é integrada a minério e carvão metalúrgico. Com capacidade de produção de 4,5 milhões de toneladas de aço bruto por ano, a usina consome em torno de 7,5 milhões de toneladas de minério. “Entre 80% e 90% da produção de minério será voltada para suprir Ouro Branco”, disse o executivo.
As instalações das minas de ferro da Gerdau, após programas de investimentos, dispõem de capacidade de produção anual de 11,5 milhões de toneladas. O grupo vinha com planos de novos investimentos para chegar a 18 milhões de toneladas em 2016 e ir a 24 milhões em 2020.
O plano da empresa era atuar no mercado de exportação de forma agressiva, o que começou a fazer no início do ano passado. Mas a derrocada dos preços, do patamar de US$ 110 a tonelada para os atuais US$ 65 em menos de um ano enterrou essa intenção do grupo.
Conforme André Gerdau, o ponto de equilíbrio que ainda justificava fazer exportação era de até US$ 80 a US$ 85 a tonelada. “Nos níveis de hoje, não vemos nenhuma condição de voltar a exportar. Vamos produzir para consumo próprio, gerando competitividade na produção de aço de Ouro Branco”, ressaltou o executivo.
Fonte:Valor Econômico/Ivo Ribeiro
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