O governo brasileiro quer aumentar a tarifa de importação sobre o trigo para países de fora do Mercosul. O aumento da taxa, hoje em 10%, é visto como uma forma de proteger os preços da produção nacional.
"A ideia é aumentar e só abrir cotas quando houver necessidade interna", afirmou o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura).
De acordo com ele, a estratégia que será adotada pelo governo para a safra do produto neste ano será definida até 15 de março, para dar tempo de os produtores se organizarem antes do início do plantio, em maio e junho. A questão foi discutida em reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Além do aumento da tarifa de importação, o governo quer definir, até essa data, os preços mínimos para o trigo, além de seguro para o agricultor e linhas de crédito. A estimativa de Stephanes é que a safra deste ano seja próxima à do ano passado, quando foram colhidos 5 milhões de toneladas de trigo.
Argentina
O Brasil importa mais da metade do seu consumo. Para o ministro, os países do Mercosul, principalmente Argentina, serão capazes de suprir a demanda interna, de 11 milhões de toneladas.
Stephanes afirma que o governo quer criar uma política definitiva para o plantio do trigo, mas que, por enquanto, está focado apenas no plano da safra de 2010.
Ele disse que, mesmo com o aumento do preço do trigo, é possível que o preço do pãozinho não se altere, já que o valor cobrado atualmente foi estabelecido quando a tonelada do grão estava em R$ 750 -agora está em R$ 400.(Fonte: Folha de S.Paulo/DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA)
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