No final da manhã, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, minimizou preocupações com a volatilidade dos mercados pelo rebaixamento da nota da dívida dos EUA.
Holland também diminui os efeitos do rebaixamento na economia real a partir da queda dos valores das empresas negociadas em bolsa.
"Há um aumento de volatilidade no curto prazo, mas isso só afetaria a economia real caso fosse persistente e se, ao mesmo tempo, tivesse impacto nos bancos comerciais reduzindo a oferta de crédito e a captação de recursos", disse nesta segunda-feira (8/8).
Ele ressaltou que a equipe econômica está vendo os movimentos de mercado com relativa tranquilidade e como um desdobramento da crise de 2008.
"O mundo está volátil nas mesas de operação, mas não necessariamente na visão dos governos", afirmou, lembrando que no final de semana houve reuniões entre os representantes da área econômica tanto dos países que formam o G-20 (20 economias mais desenvolvidas) quanto do G-7 para conter a sensação de pânico que já se avizinhava na abertura dos mercados em Israel - os primeiros a abrir após a notícia de rebaixamento da classificação de risco americana pela agência Standard & Poor´s na sexta-feira (5/8) à noite.
Reafirmando o que seu chefe, o ministro Guido Mantega, havia dito na quinta-feira (4/8) passada, Holland descartou a hipótese de uma desvalorização acentuada do dólar em relação ao real (overshooting).
Standard & Poor's
Na noite de sexta-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a classificação da dívida dos Estados Unidos, de "AAA" para "AA+", perdendo assim a nota máxima atribuída pela S&P.
Numa das primeiras declarações públicas de um integrante do governo brasileiro após a ação da S&P, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann, afirmou que na Europa e nos Estados Unidos "as lideranças políticas não têm estado à altura da complexidade da situação e têm jogado para o mundo as consequências da sua incapacidade".
Fonte: Brasil Econômico - em 8/8
PUBLICIDADE