A projeção de investimentos em mineração no Brasil para o período de cinco anos ficou estável pela primeira vez em quatro anos, segundo os cálculos mais recentes do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), divulgados na noite de terça-feira. Os aportes no setor mineral brasileiro totalizarão US$ 75 bilhões entre 2012 e 2016, de acordo com o instituto. O número é o mesmo previsto pela entidade em maio do ano passado.
Esta foi a primeira desaceleração na curva dos investimentos previstos em mineração no Brasil desde março de 2009. Nos últimos anos, as estimativas vinham subindo a cada levantamento do Ibram. Em 2010, por exemplo, o volume o período 2010-2014 era de US$ 62 bilhões. O número subiu para US$ 64,8 bilhões no início de 2011 e para US$ 68,5 bilhões em setembro do mesmo ano, considerado os aportes projetados no período 2011-2015.
Entre os minérios e metais pesquisados pelo Ibram, as projeções de investimentos tiveram leve alta no minério de ferro e crescimento expressivo em potássio, terras raras e agregados. No caso do ferro, o aumento dos aportes foi de 2,4%, passando de US$ 44,9 bilhões no período entre 2011 e 2015 para US$ 46 bilhões no intervalo entre 2012 e 2016.
Já os investimentos caíram fortemente para os setores do alumínio, níquel, cobre, ouro e fosfato. Tiveram retração também manganês, cromita, nióbio e vanádio.
A queda foi de 34,5% para a cadeia do alumínio - bauxita, alumina e alumínio - de US$ 5,2 bilhões de antes para US$ 3,4 bilhões na nova projeção, até 2016. Para o níquel, a redução dos investimentos foi ainda mais forte, de 48,9%, passando de US$ 6,5 bilhões para US$ 3,4 bilhões em iguais períodos. Já os desembolsos para o cobre estão 19,6% menores no último levantamento do Ibram, em US$ 2 bilhões, contra US$ 2,4 bilhões anteriormente.
Fonte: Valor Econômico/Olivia Alonso | De São Paulo
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