BRUXELAS - O superávit comercial da zona do euro aumentou em maio em relação ao ano anterior, devido principalmente à queda das importações e não ao crescimento das exportações, informou nesta terça-feira a agência de estatísticas da UE, Eurostat.
A Eurostat também confirmou a inflação anual em junho em 1,6 por cento, pressionada pelos voláteis preços da energia e dos alimentos, ante 1,4 por cento em maio.
O superávit comercial para os 17 países que usam o euro, não ajustado para variações sazonais, subiu para 15,2 bilhões de euros em maio, ante superávit de 14,1 bilhões de euros em abril, segundo dados revisados.
As exportações gerais ficaram estáveis em maio na comparação anual, com as importações recuando 6 por cento.
A queda das importações destaca as dificuldades da zona do euro em reanimar a demanda doméstica, afetada pelo desemprego recorde, relutância entre os consumidores em gastar e empresas que lutam para acessar o crédito e investir.
As importações caíram nas quatro maiores economias do bloco, com a Alemanha registrando recuo de 1 por cento; a França, de 2 por cento; a Espanha, de 4 por cento; e a Itála, de 6 por cento.
O comércio com a China caiu em maio na comparação anual, enquanto as exportações para os Estados Unidos subiram 2 por cento, com as importações caindo 7 por cento.
A inflação, por sua vez, permanece abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE) de perto mas abaixo de 2 por cento.
O BCE deixou inalterada sua taxa de juros em mínima recorde em julho, e quebrou o tabu de nunca se comprometer antecipadamente com as taxas ao dizer que deixará a política monetária frouxa por um período prolongado de tempo para ajudar a promover uma esperada recuperação neste ano.
Fonte: Reuters/Por Martin Santa)
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