Pesquisas de monitoramento da atividade econômica divulgadas ontem mostram a zona do euro e a China em situações opostas. Enquanto os europeus caminham para o pior momento econômico desde a recessão de 2009, as fábricas chinesas retomaram o crescimento neste mês.
O Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China apontou para sua primeira expansão em 13 meses, em mais um sinal de que o crescimento econômico volta a ganhar força no país, após sete trimestres de desaceleração. O PMI, por meio de sondagens a várias empresas, sinaliza como estará a atividade industrial no espaço de alguns meses. O índice medido pelo HSBC e a Markit Economics foi de 49,5 pontos em outubro para 50,4 na leitura preliminar de novembro, ultrapassando a barreira de 50 pontos que indica expansão.
"A recuperação continua a ganhar força", afirmou o economista-chefe para China do HSBC em Hong Kong, Qu Hongbin. "Porém ainda é um estágio inicial da recuperação." O economista-chefe para China da Nomura, Zhang Zhiwei, disse esperar uma reação "forte" do crescimento no quarto trimestre no país, passando dos 7,4% do terceiro trimestre para 8,4%.
O PMI dos Estados Unidos, divulgado antecipadamente na quarta-feira, por conta do feriado americano de ontem, mostrou a produção industrial se expandindo no ritmo mais forte dos últimos cinco meses. A leitura preliminar do índice foi de 51,0 para 52,4.
Já na Europa, o cenário é mais sombrio. O PMI composto da zona do euro, que compila os dados tanto do setor industrial como o de serviços, subiu de 45,7 para 45,8 pontos em novembro, de acordo com os dados preliminares da Markit. É o décimo mês consecutivo em que o PMI composto da zona do euro indica contração.
O PMI composto da Alemanha encolheu pelo sétimo mês seguido, derrubado pelo setor de serviços. Na França, tanto a indústria como os serviços tiveram leva alta, mas ainda permanecem abaixo da marca de 50. "A economia da zona do euro continuou se deteriorando a um ritmo alarmante em novembro, e entrou no maior retrocesso desde meados de 2009", disse em relatório Chris Williamson, economista-chefe do Markit.
Fonte: Valor Econômico/Por Agências internacionais
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