Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) a participação das importações no consumo continua crescendo. O coeficiente de abertura comercial do terceiro trimestre revela que a entrada de produtos importados avançou para 21,8%, o que representa um crescimento de 0,7 ponto percentual em relação ao segundo trimestre deste ano.
Já a participação dos insumos importados na produção, também de acordo com a CNI, aumentou 0,6 ponto percentual no terceiro trimestre, atingindo 20,3%. No caso da indústria extrativa o coeficiente, em comparação com o trimestre anterior, aumentou 1,5 ponto o que representa 53,4%.
A indústria de transformação amargou o maior crescimento da desnacionalização puxada pelos farmoquímicos e farmacêuticos, 2,3 ponto; derivados do petróleo, 1,3 ponto; máquinas e materiais elétricos, 1,1 ponto; informática, eletrônicos e ópticos tiveram aumento nas importações de 1 ponto.
“O Brasil está pagando a conta da estratégia dos países desenvolvidos, de enfrentar a crise com aumento das exportações”, critica o economista José Carlos de Assis, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
O professor da UFPB assinala ainda que essa mudança de cenário “tende a ser estrutural”, pois, de acordo com o economista, para isso há determinação política, sobretudo nos Estados Unidos e Zona do Euro.
Com relação às exportações, a participação das vendas no faturamento da indústria ficou em 19,2% no terceiro trimestre, de acordo com a CNI: “O coeficiente reflete o fraco desempenho externo dos produtos industrializados nacionais”, resume a confederação.
Fonte:Monitor Mercantil
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