A redução na tarifa de energia elétrica em até 28% para industriais é considerada o primeiro passo para a retomada do crescimento econômico no Brasil, mas representantes do setor ainda atacam a carga tributária. Mesmo assim, dizem que o Custo Brasil cairá e dará competitividade ao produto brasileiro no mercado mundial.
Além dos impostos, o diretor industrial Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Herson Figueiredo Junior, diz que o País precisa de avanços em infraestrutura, logística e transportes para se equiparar a grandes exportadores. ''A carga tributária ainda é alta, mas a redução do custo de energia começa a nos tornar competitivos.''
Figueiredo Junior aponta a indústria metalúrgica e a de materiais plásticos como duas das mais beneficiadas pela redução da tarifa. Porém, considera que o anúncio não é o bastante para refletir em preços ao consumidor neste ano.
Do mesmo modo, o presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) de Londrina, Gerson Guariente Junior, prefere manter as projeções de crescimento do setor em 4,5% a 5% para 2012 e em 6% a 7% para 2013. Guariente também afirma que não deve ocorrer repasse nos preços ao consumidor devido aos reajustes nos custos da mão de obra. ''Tivemos realinhamento de salário neste ano de 10,5% e deve girar em torno disso em 2013'', conta.
Ele aproveitou para ajudar a malhar os impostos. ''Temos hoje uma das tarifas de energia mais caras do mundo e produzimos uma das energias mais baratas. São muitas taxas que serviram para instalar a produção elétrica e que continuam mesmo após a implantação.''
Fonte: Folha de Londrina,PR / Fábio Galiotto
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