A visita de consultores, professores universitários e técnicos do Instituto Coreano para o Desenvolvimento e do Instituto para Economia Industrial e Comércio da Coreia do Sul ao Ceará, encerrada ontem, deverá implicar em um estreitamento das relações entre os cearenses e empresários do país asiático, o que pode levar à instalação de novos empreendimentos de grande porte no Estado nos próximos anos.
A vinda da comitiva está ligada a um memorando de entendimento assinado entre os governos brasileiro e sul coreano, que prevê, entre outros pontos, a visita dos estrangeiros às Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs). Na última quarta-feira, o grupo conheceu a ZPE do Pecém. Ontem, eles participaram de uma reunião na Agência de Desenvolvimento do Econômico do Ceará (Adece).
De acordo com o diretor da Associação Brasileira das ZPEs, Victor Samuel da Ponte, que participou do encontro de ontem, um próximo passo da troca de experiências com a Coreia do Sul será o maior contato com empresários do país interessados em se instalar no Brasil.
A implantação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) na ZPE do Pecém, destaca, representa um dos fatores responsáveis por tornar a área mais atrativa aos investidores estrangeiros, uma vez que o empreendimento conta com duas empresas da Coreia do Sul como sócias – a Dongkuk e a Posco. “A presença das empresas já representa uma proximidade maior com eles (os sul coreanos)”, indica.
Próximos passos
Conforme explica, os representantes das ZPEs brasileiras irão preencher um questionário e entregá-lo à comitiva coreana, a qual irá elaborar, nos próximos meses, um relatório final relatando as constatações sobre o modelo de ZPE brasileiro. Em seguida, acrescenta o diretor, serão feitos novos encontros, durante os quais serão debatidas, entre outros pontos, formas de aprimorar o modelo de ZPE no País. A comitiva visitará, ao todo, cinco ZPEs brasileiras neste mês.
De acordo com o presidente da Empresa Administradora da ZPE do Pecém (Emazp), Eduardo Macêdo, a primeira troca de experiências com a comitiva coreana já foi “muito produtiva”, uma vez que o país asiático possui uma experiência muito mais avançada com ZPEs do que o Brasil, onde o processo de implantação desse tipo de área é considerado recente.
Uma das vantagens do encontro, afirma, será a identificação da vocação da ZPE do Pecém, o que facilitará a elaboração do plano de negócios da empresa. Como resultado, complementa, a Emazp poderá fazer um “trabalho mais eficiente” de prospecção de investimentos.
Fonte: Diário do Nordeste
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