O diretor de finanças e relações com investidores da Vale, Luciano Siani, afirmou que a maior parte dos ativos considerados pela companhia como passíveis de venda está no exterior.
“Quando falamos em desinvestimento, estamos falando em ativos pequenos, normalmente fora do Brasil”, disse, em teleconferência com jornalistas. De acordo com o executivo, o mercado “não deve esperar nada muito excitante em termos de desinvestimento”.
Siani afirmou que as vendas recentes de ativos, como projetos na Colômbia e operações de caulim, são exemplos do que pode ser vendido, aqueles de pequeno porte.
Fechamento de minas no Canadá
Durante a teleconferência, Siani também afirmou que o fechamento de minas com alto custo no Canadá não significa que a produção de níquel da companhia vá diminuir. Segundo ele, recursos antes gastos nas minas fechadas serão mais bem direcionados para garantir forte produção em outras regiões.
Nesta semana, a Vale anunciou o fechamento da mina de Frood, na região de Sudbury, no país. A mina funcionava há mais de cem anos e empregava 85 pessoas, numa produção de níquel com uma concentração cada vez mais baixa do minério. Esses funcionários serão realocados em outras minas da região.
Siani voltou a afirmar que o foco da companhia não é mais a diversificação e crescimento sem um olhar adequado para a capacidade de cada ativo com vistas a agregar valor para o acionista.
Fonte: Valor / Rafael Rosas e Vera Saavedra Durão
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