A fabricante de rodas e laminados de aço Mangels está ampliando sua unidade fabril em São Bernardo. A empresa, que já havia investido R$ 67 milhões em modernização e expansão de suas fábricas, entre elas a do Grande ABC, aporta neste ano mais R$ 43 milhões em novos equipamentos e em melhoria da logística dessa planta.
A companhia busca se ajustar ao forte reaquecimento da demanda, após a crise global. Um dos principais segmentos de atuação da empresa é a área de autopeças, que atende por meio do fornecimento dos laminados e também com a fabricação de rodas originais de liga leve de alumínio - produzidas na unidade de Três Corações (MG).
Para isso, a companhia ampliou a área fabril em 2010 em cerca de 10 mil m², na qual alocou espaço para estoque de bobinas e para a expansão de seu centro de serviços de aço, destinado ao atendimento aos clientes.
O programa de investimentos deve, neste ano, elevar o processamento dessa matéria-prima no Grande ABC, de 98 mil toneladas anuais para 110 mil, ou seja, crescimento de 12%.
Para isso, a empresa está importando da Áustria dois novos fornos industriais e vai transferir a área de estamparia, localizada na planta da região para a unidade de Três Corações, o que abrirá espaço para novas expansões.
RESULTADOS
A Mangels registrou em 2010 lucro líquido de R$ 21 milhões, resultado 28,7% maior que em 2009, o que refletiu a retomada do mercado automotivo. O faturamento do grupo teve alta de 25,8%, ao atingir R$ 783,3 milhões.
Além da ampliação na área de laminados, a empresa vem incrementando a produção de rodas de liga leve de alumínio. Saltou da produção de 2,6 milhões de rodas em 2009 para 2,9 milhões em 2010 e a expectativa é chegar à capacidade máxima, de 3,5 milhões, nos próximos anos.
Para isso, a fabricante montou nova linha de pintura automática desses itens e prepara para modernizar suas áreas de fundição e usinagem, por exemplo.
Líder no Brasil, com 47% do mercado, e no Mercosul, com 40% de participação nas vendas, a companhia não quer perder o passo para a concorrência, segundo o diretor-presidente, Robert Max Mangels.
ARGENTINA
O executivo afirma ainda que há estudos também para novas unidades fabris. Uma das regiões que podem ser contempladas com a expansão geográfica é a Nordeste, mas, atualmente a prioridade é a Argentina.
Isso por causa da preocupação com a atuação do governo daquele país, que vem cada vez exigindo que as montadoras locais deem preferência a autopeças argentinas.
Robert Mangels assinala que, nas exportações, o dólar baixo atrapalha. "É muito ruim. Em rodas (principal item vendido ao Exterior pela empresa), isso é parcialmente compensado, já que compramos o alumínio em dólar. No entanto, as commodities tenham subido (a cotação internacional)", assinala.
Fonte: Diário do Grande ABC/Leone Farias
PUBLICIDADE