A balança comercial registrou superávit de US$ 383 milhões na segunda semana de dezembro. O valor foi fruto de US$ 4,89 bilhões em exportações e US$ 4,5 bilhões em importações. Com isso, o saldo comercial acumulado, que estava negativo, tornou-se superavitário em US$ 15 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Desta vez, as vendas de itens de maior valor agregado cresceram 21,5%, superando o desempenho dos produtos básicos, cujas exportações subiram 20,2%.
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, no entanto, observa que o governo voltou a usar as “exportação ficta” de plataformas, o que garantiu o superávit, com vendas externas recordes este ano.
“Ano passado, o acumulado até novembro das exportações de plataformas somava US$ 1,458 bilhão. Este ano, no mesmo período, já estamos com US$ 6,580 bilhões”, contabiliza, esclarecendo que “exportação ficta” se refere a plataformas construídas no Brasil que demandam muito equipamento importado e depois são vendidas para subsidiária da Petrobras no exterior e alugadas para a estatal no Brasil.
“A venda é registrada como exportação e o aluguel é um serviço. Assim, aparece um superávit sempre usado, mas que este ano bateu recorde”, critica, acrescentando que dezembro sempre é favorável para as exportações e para o saldo comercial do Brasil: “O expediente da Petrobras também eleva muito o peso dos bens de valor agregado nas exportações”, acrescenta o presidente da AEB, que projeta que a balança comercial feche 2013 superávitária entre US$ 500 milhões e US$ 800 milhões.
Fonte: Monitor Mercantil
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