O preço do minério de ferro reforçou ontem o movimento de baixa ao recuar 0,5%, para US$ 79,40 a tonelada, segundo dados da XP Investimentos. A commodity não respondeu positivamente aos dados favoráveis da China divulgados ontem.
O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial chinês, divulgado pelo HSBC, mostrou que a atividade manufatureira apresentou leve recuperação. Na prévia de setembro, o indicador atingiu 50,5, avançando modestamente sobre os 50,2 registrados na leitura de agosto.
O preço de US$ 80 a tonelada parece baixo sob diversos ângulos, mas o momento é de aguardar as coisas se acalmarem, diz análise do BTG Pactual. A recomendação do banco para as ações da Vale é neutra.
Avaliando a trajetória da commodity, a instituição diz que o minério foi desinteressante e relativamente previsível por décadas, com preços definidos em negociações a portas fechadas entre mineradoras e siderúrgicas. Para pôr coisas em perspectiva, diz o BTG, o material foi negociado entre 1990 e 2002 abaixo de US$ 20 a tonelada, com alta anual abaixo de 5%.
Em seguida, a demanda chinesa entrou na equação e os preços mudaram, com elevação de 71,5% em 2005. "Após dez anos, 2014 é o primeiro com excesso de oferta, por isso nós todos estamos confusos como nunca e olhando para o passado atrás de respostas", dizem os analistas Leonardo Correa e Caio Ribeiro, em relatório.
Fonte: Valor Econômico/Daniela Meibak | De São Paulo
PUBLICIDADE