Minoritários da Prumo Logística avaliam convocar assembleia para deliberar sobre a elaboração de segundo laudo de avaliação da empresa no processo da oferta pública de aquisição de ações (OPA) e saída do novo mercado. O movimento ainda depende do resultado do laudo em elaboração pela Brasil Plural e os próximos passos da controladora EIG Energy Global Partners no processo.
O entendimento é que o laudo poderá ser divulgado no fim do ano, pois a Brasil Plural tem 30 dias para formular o documento após ser escolhida na assembleia de acionistas realizada em 25 de novembro. A depender do resultado, o controlador pode se manifestar se dará seguimento ou não a OPA ou, ainda, se vai alterar o preço oferecido por papel na operação.
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"Estamos promovendo estudos a respeito do valor mais adequado. Nada justifica uma oferta abaixo de R$ 11,50 por ação", disse o minoritário Roberto Lombardi, referindose a uma tentativa anterior de fechamento de capital no fim de 2015 e que os controladores acabaram desistindo.. Agora, após proposta de aumento de capital a R$ 6,69 a ação em meados do ano, os controladores fizeram, na sequência, nova oferta de fechamento ao mesmo preço da operação. Isso é questionado por Lombardi, e também por outros investidores.
"Eu acho isso um dos maiores absurdos nestes 40 anos de mercado que eu vivi. Estou me referindo aos controladores. Eu fico revoltado e vamos brigar para que isso mude. O meu objetivo não é aumentar o dinheiro, o meu objetivo era ser sócio de uma empresa que tem um futuro enorme", disse ontem em reunião Apimec o acionista da Prumo, João Lanza. Na reunião, o diretor financeiro e de RI da Prumo, Eugênio Figueiredo, disse que assembleia para novo laudo de avaliação é prevista na lei e os acionistas devem convocála.
Entre os minoritários estão o Itaú Unibanco, com pouco menos de 5%, e o fundo Mubadala, com participação de 6,9%.
Fonte: Valor Econômico/Juliana Schincariol