SÃO PAULO - A mineradora MMX, controlada pelo empresário Eike Batista, vai rever o atual plano de negócios com objetivo de “priorizar as iniciativas geradoras de caixa, levando em conta a conjuntura do mercado, as necessidades no curto e médio prazos e a perspectiva econômica do modelo de negócios”.
Em comunicado, a companhia informa que espera apresentar o novo plano junto com a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2014. A publicação está prevista para 15 de outubro.
A MMX passa por dificuldades financeiras e operacionais que têm levado a rumores sobre a possibilidade de entrar em um processo de recuperação judicial, a exemplo da petroleira OGPar (ex-OGX) e do estaleiro OSX.
A mineradora também anunciou que a subsidiária MMX Sudeste Mineração dará férias coletivas aos funcionários envolvidos diretamente na operação da unidade Serra Azul, localizada em Minas Gerais. Os setores responsáveis pela manutenção e conservação da unidade, além do quadro administrativo, permanecerão em atividade regular.
“A concessão das férias, com a consequente paralisação das atividades produtivas, mostrou-se necessária em decorrência da prolongada e acentuada retração dos preços do minério de ferro no mercado internacional, além das restrições operacionais do órgão ambiental do Estado de Minas Gerais, impostas até que se definam as áreas de proteção de determinadas cavidades existentes em alguns setores de lavra”, diz a companhia em comunicado.
A MMX afirma que está engajada em discussões com as autoridades competentes para encontrar uma solução para as restrições operacionais que permita o retorno de suas atividades operacionais no curto prazo.
Durante este período, a mineradora afirma que atuará na busca contínua de redução de custos, otimização de recursos destinados à lavra e modernização das atuais instalações. “Isso garantirá melhorias significativas d e eficiência no volume e qualidade no retorno da operação, mitigando impacto da retração de preços”, diz.
Apesar de o futuro da MMX poder culminar numa recuperação judicial, a preferência ainda é pelo arrendamento ou venda das unidades, segundo o Valor apurou. Ainda são essas opções que estão concentrando atenção do time que faz a gestão, para reestruturação, do grupo EBX, a Angra Partners.
Fonte: Valor Econômico/Por Daniela Meibak
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