O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira, afirmou que as novas medidas de incentivo à indústria planejadas pelo governo para o ano que vem deverão atender 19 cadeias produtivas, entre elas as de energia renovável, óleo e gás e química.
“Todas elas nos apontaram medidas importantes para dar competitividade à indústria brasileira”, disse Teixeira. “Delas sairão medidas que poderão ser horizontais, para todos os setores, ou verticais, para setores específicos.”
O secretário ressalvou, porém, que novas medidas de desoneração de impostos dependerão ainda da avaliação feita pela equipe econômica dos resultados das medidas criadas neste ano e da situação fiscal.
Estímulos públicos
Na avaliação de Teixeira, os incentivos públicos são os maiores indutores de investimento privado no país. Segundo o secretário, quando o governo baixa o custo da energia, aumenta as compras governamentais e faz concessões de portos, rodovias e ferrovias está induzindo o investimento.
Questionado sobre o baixo ritmo do investimento neste ano, Teixeira disse que parte desse desempenho decorre da crise internacional. “A relação entre investimento e expectativa é direta. Teremos aumento de investimento privado se a expectativa da economia internacional melhorar.”
Para o secretário, se o governo não estivesse atuando para incentivar o investimento e mostrar que está enfrentando a crise provavelmente os investimentos domésticos e externos teriam caído ainda mais. “Nós sabemos e temos noção clara de que temos de aumentar a taxa de investimento do país, mas isso não se faz da noite para o dia. Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance.”
Fonte: Valor / Eduardo Campos e Sergio Leo
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