Os executivos da Odebrecht Óleo e Gás (OOG) terão que cumprir regras de conformidade para receber bônus. As informações estão em comunicado da empresa divulgado nesta sexta-feira (29).
Uma das metas é que todos os integrantes da empresa participem de treinamentos anticorrupção. A empresa disse que já conseguiu treinar 3,2 mil colaboradores, incluindo so que ficam nas plataformas em alto mar.
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No treinamento, os funcionários são informados sobre as regras para lidar com agentes públicos, como a proibição de recebimentos de brindes, e também orientações sobre como participar de audiências públicas e reuniões.
“O conteúdo dos treinamentos é adequado a cada grupo de funcionários e aos riscos inerentes às atividades desempenhadas por cada um deles, garantindo que todas as mensagens sejam absorvidas pelos participantes”, afirma Nir Lander, chefe da área de compliance da OOG, em comunicado.
A empresa disse ainda que submeteu cerca de 1,3 mil fornecedores a uma avaliação de risco para garantir que cumpram as regra de conformidade.
"O motivo deste rígido processo de due dilligence é que, de acordo com a lei anticorrupção, em vigor desde 2014, a empresa contratante de um serviço pode ser responsabilizada por atos impróprios praticados por uma companhia terceirizada", afirmou a empresa, que disse que poderá fazer auditoria nas instituições parceiras.
Mudanças após Lava Jato
Depois de ser alvo de investigações de corrupção dentro da operação Lava Jato, a holding que reúne as empresas do grupo Odebrecht assinou um acordo de leniência. Desde então, as diversas empresas do grupo tiveram que adotar práticas para melhorar sua governança.
No caso da divisão da Odebrecht Óleo e Gás, a mudança começou com a contratação de um executivo para a área de compliance, o israelense Nir Lander. Ele é subordinado ao Comitê de Conformidade, ligado ao Conselho de Administração da companhia.
Segundo a empresa, ele tem "independência e autonomia para implantar as medidas necessárias".
Fonte: G1