A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) concordou nesta quarta-feira com um pequeno aumento na produção de petróleo, após pedidos dos Estados Unidos e de outros grandes consumidores por mais oferta. A expectativa, contudo, é de que o movimento simbólico tenha um impacto mínimo nos preços do petróleo.
A Opep, liderada pela Arábia Saudita, estava sob alguma pressão depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, disse esperar que Riad ajude a aumentar a oferta global após uma viagem de alto nível ao reino em julho. Mas a Opep precisa coordenar seu plano de produção com uma coalizão de produtores liderados pela Rússia com os quais mantém uma aliança duradoura. Moscou prefere preços altos.
Em sua sexta reunião desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no fim de fevereiro, elevando os preços do petróleo acima de US$ 100 o barril pela primeira vez em oito anos, os participantes da aliança mais ampla, chamada Opep+, concordaram em aumentar sua produção coletiva em 100 mil barris por dia em setembro, disseram os delegados.
Em junho, a aliança concordou em elevar a produção em 648 mil barris por dia em julho e agosto. Antes disso, a Opep+ lançou aumentos mensais de 432 mil barris por dia como parte de um plano para ampliar a produção para níveis pré-pandêmicos. Esse acordo termina em agosto, embora muitos integrantes estejam produzindo abaixo de suas cotas atribuídas.
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Essa é a segunda reunião consecutiva do grupo em que se é aprovado um aumento de produção e mostra que o cartel está escutando os pedidos de aliados como EUA e Europa para ajudar a conter a alta nos preços de combustíveis - a ajuda, contudo, é limitada já que poucos países têm capacidade de elevar suas produções no momento.
Enquanto isso, os preços do petróleo, que dispararam à medida que os bloqueios da covid-19 diminuíam e a atividade econômica se recuperava, caíram nas últimas semanas devido a preocupações com o crescimento global. A queda apagou a maioria dos ganhos vistos após a invasão da Rússia.
Fonte: Valor