A Opep informou nesta quinta-feira (17) que reduziu drasticamente a produção de petróleo em dezembro, antes de um novo acordo de limitação de oferta entrar em vigor, sugerindo que os produtores começaram a evitar um novo excesso de oferta.
Em relatório mensal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informou que a produção em dezembro caiu 751 mil barris por dia (bpd), na comparação mensal, para 31,58 milhões de bpd, devido a cortes liderados por Arábia Saudita, Líbia e Irã.
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Opep, Rússia e outros produtores aliados, uma aliança conhecida como Opep+, concordaram em dezembro em reduzir a oferta em 1,2 milhão de bpd a partir de 1º de janeiro. A participação da Opep nesse corte é de 800 mil bpd.
A redução em dezembro sinaliza que, se a Opep implementou o novo corte a partir 1º de janeiro, isso deve evitar um superávit que poderia enfraquecer os preços. O petróleo Brent recuou de US$ 86 o barril em outubro para menos de US$ 50 em dezembro, devido a preocupações com o excesso de oferta.
A Opep espera que o crescimento da demanda global de petróleo em 2019 caia para 1,29 milhão de bpd, de 1,5 milhão de bpd em 2018, embora o grupo tenha sido mais otimista em relação ao cenário econômico do que no mês passado e tenha apontado para uma melhora no sentimento no mercado de petróleo, onde o barril está acima de US$ 60.
"Embora o risco econômico permaneça baixista, a probabilidade de uma moderação no aperto monetário deverá reduzir a tendência de desaceleração do crescimento econômico em 2019", disse a Opep.
"Isso se refletiu recentemente nos mercados financeiros globais. O efeito positivo sobre o sentimento do mercado também foi testemunhado no mercado de petróleo", afirmou.
Fonte: G1