A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informou nesta terça-feira que espera que sua oferta de petróleo caia continuamente nos próximos cinco anos, sugerindo que o cartel talvez precise continuar cortando a produção para estabilizar os preços em meio a um boom de produção maior do que o esperado nos EUA e à fraca demanda global pelo óleo. As informações constam de um relatório da organização.
A Opep e seus aliados devem debater se manterão o corte atual de 1,2 milhão de barris por dia ou aprofundarão a redução em uma reunião em 5 de dezembro.
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Mas, apesar das extensas restrições nos últimos dois anos, o relatório de perspectivas anuais do mercado de petróleo aponta que a oferta cairá em 1,6 milhão de barris por dia até 2025. Em comparação, a Opep previu no ano passado que sua produção aumentaria 500 mil barris por dia durante este período.
No relatório, a Opep disse que a perspectiva de queda da oferta está atrelada a um aumento mais rápido do que o esperado no novo óleo americano produzido por fracking hidráulico. "O petróleo restrito dos EUA superou novamente as expectativas", com aumento em 6,7 milhões de barris por dia no médio prazo, segundo o documento.
Os planos de produção do cartel também serão impactados pelo crescimento mais lento da demanda por petróleo, em meio à crescente incerteza econômica e à medida em que os governos implementam políticas projetadas para mitigar as mudanças climáticas. O crescimento global da demanda de petróleo desacelerará de 1,1 milhão de barris por dia em 2019 para 900 mil barris por dia em 2024, informou a organização.
Pela manhã, os contratos do Brent para janeiro e do WTI para dezembro operam em alta.
Fonte: Valor