CNI defendeu redução dos spreads bancários como próximo passo
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) elogiou a redução do juro básico de 9,75% para 9% ao ano. Em nota, o presidente da entidade destaca que a "persistência da desaceleração da economia evidencia os gargalos do sistema produtivo brasileiro".
— Neste momento, a queda dos juros é importante, pois incentiva os investimentos, que são a chave para o crescimento futuro sem pressões inflacionárias — avaliou Heitor Müller.
O presidente da Fiergs salientou ainda que a diminuição da taxa Selic também é importante para colocar o Brasil numa posição mais igualitária frente aos concorrentes internacionais, que, segundo ele, produzem num ambiente de custos financeiros "bem mais moderados".
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também considerou acertada a decisão do Copom de reduzir o juro em 0,75 ponto percentual:
— A combinação de inflação em queda persistente e a permanência de um quadro de estagnação na indústria abrem espaço para uma política monetária mais ativa— defendeu em nota, a entidade.
Segundo a CNI, não há motivos para preocupação sobre os efeitos da desvalorização do câmbio na inflação, devido à retração nos preços dos produtos industriais e a desaceleração dos preços dos alimentos. Por outro lado, pondera a entidade, é necessário criar estímulos para enfrentar, em melhor situação, a concorrência os produtos estrangeiros.
— Com a taxa de juros no patamar de 9% ao ano, o próximo passo é atuar na redução dos spreads bancários. Retomar essa agenda é crucial para que o custo do capital aos tomadores de empréstimos seja menos punitivo à produção e para que a economia brasileira se aproxime dos padrões internacionais de financiamento.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL
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