De São Paulo - Esse não é o primeiro confronto entre Benjamin Steinbruch - conhecido por seu jeito difícil de lidar com seus parceiros e sócios - e o grupo ThyssenKrupp. A companhia alemã é o maior produtor de aço do seu país e está entre os 20 maiores do mundo e o conglomerado atua em diversas outras atividades, como fabricação de elevadores. Seis anos atrás, as duas empresas desfizeram de forma nada amigável uma parceria criada no fim dos anos 90 para atuar no beneficiamento de aço visando atender a crescente demanda do setor automotivo.
A GalvaSud, instalada em Porto Real (RJ), entre Volta Redonda e Resende, tinha 51% do capital em poder da CSN e 49% da Thyssen. Desentendimentos entre o presidente da empresa Aristides Corbellini e Steinbruch, por razões de orientação comercial, fez arrastar uma longa disputa que foi parar na Justiça e teve desfecho numa câmara arbitral em Nova York. Com isso, a CSN adquiriu a participação do grupo alemão.
Depois disso, Corbellini foi comandar, a partir de 2005, a implantação do projeto da CSA para a ThyssenKrupp e foi o responsável pela implantação de todo o projeto, inclusive pelo início de formação de pessoal para operar a usina, cuja primeira fase foi inaugurada há três meses.
O executivo ficou na CSA até setembro de 2008, quando assumiu a diretoria de projetos siderúrgicos da Vale. A mineradora, atualmente, é dona de 27% do capital da CSA e Corbellini é seu representante no conselho.
"Ao contrário do que dizem, meu protesto à entrada da CSA no IABr nada tem a ver com a briga com a ThyssenKrupp relativa à GalvaSud. Isso morreu lá, com o fim da parceria", garante Steinbruch. "Era uma sociedade, feita dez anos atrás, para atender o setor automotivo como um todo e não para dar prioridade a um só cliente", aponta o executivo, sem dar mais detalhes que originaram o desentendimento na época. Corbellini era o homem da ThyssenKrupp na compartilhada GalvaSud.
Fonte: Valor Econômico
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