A Petrobras considera a instalação de unidades de liquefação em alto mar entre as opções para escoar a crescente produção de gás natural do pré-sal, disse a gerente de Emissões e Mudanças do Clima da empresa, Viviana Coelho, em uma webinar nesta sexta-feira.
Segundo ela, as unidades de GNL podem ser uma alternativa para o gás natural associado à produção de petróleo do pré-sal.
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Não foi mencionado se um possível programa possui cronograma. Atualmente, a Petrobras depende de gasodutos para transportar gás natural de campos marítimos para a costa, onde é processado.
A falta de infraestrutura para transportar o gás natural produzido em mar é vista como uma possível limitação para o aumento da produção de petróleo no pré-sal, de acordo com a Petrobras.
Os reservatórios do pré-sal já respondem por dois terços da produção brasileira, apenas pouco mais de uma década após sua descoberta, e o percentual deve continuar crescendo. Uma pequena porção do gás é queimada nas plataformas por meio do processo de “flaring”.
O Brasil possui uma legislação rígida que limita o “flaring”, forma mais barata para empresas lidarem com gás natural não utilizado e fonte relevante de emissão de gases causadores do efeito estufa. A Petrobras planeja zerar a queima rotineira de gás, já baixa comparativamente com outras petroleiras, até 2030, disse Coelho na apresentação.
O processo de queima libera metano, e a Petrobras visa diminuir as emissões de gases de efeito estufa da companhia em de 30% a 50% até 2025, acrescentou ela.
A empresa utilizou 97,6% de seu gás natural em maio, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Uma porção significativa é reinjetada no solo para controlar a pressão das reservas e aumentar a produção de petróleo, disse a Petrobras. O restante é produzido ou queimado.
Fonte: Reuters