A Petrobras e a Odebrecht devem iniciar em breve negociação para rever o acordo de acionistas da Braskem. Desde 2010, as duas empresas dividem o controle da petroquímica com fatias muito semelhantes, mas direitos distintos. A Odebrecht é, na prática, a controladora e gestora do negócio.
A conclusão do acordo de leniência da Braskem, em dezembro, permitiu que a petroleira começasse a preparar a venda do ativo. Antes de encerrar as pendências com a Lava-Jato e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, seria impossível encontrar um interessado.
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Tomando como base o valor de mercado da Braskem na BM&FBovespa, de R$ 25 bilhões, a Petrobras tem uma fatia de R$ 9 bilhões na empresa. A estatal detém 47% das ações ordinárias e 22% das preferenciais, equivalentes a 36% do capital total. A Odebrecht possui 50,1% das ordinárias e 23% das preferenciais.
A Odebrecht entende que seria ideal tratar, na mesma negociação, da relação comercial com a estatal, que fornece grande parte da nafta para a Braskem. O grupo considera relevante prever acordo de não competição com a petroquímica por um prazo longo.
Fonte: Valor