A Petrobrás reportou uma perda líquida aos acionistas de R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre de 2020, destacou a empresa em balanço divulgado há pouco. O dado representa uma melhora ante o prejuízo de R$ 48 bilhões do trimestre anterior. No segundo trimestre de 2019, a empresa havia reportado lucro líquido de R$ 18 bilhões. O prejuízo líquido da empresa no primeiro semestre foi de R$ 51 bilhões, contra lucro de R$ 22 bilhões em igual período do ano passado.
A empresa conseguiu reduzir o prejuízo principalmente "devido à ausência de impairments no trimestre e ao ganho proveniente da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS após decisão judicial favorável, que teve um efeito de R$ 10,9 bilhões no resultado", disse a empresa.
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Excluindo esses fatores, o resultado teria sido pior por causa da covid-19 e seus impactos na operação, que prejudicaram os preços, margens e volumes. Neste cenário, a empresa teria apresentado prejuízo de R$ 13,7 bilhões.
No trimestre, o item não recorrente que se destacou foi a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS após ganho judicial, com impacto positivo de R$ 7,2 bilhões no Ebitda Ajustado e de R$ 10,9 bilhões no lucro líquido.
O Ebitda Ajustado caiu 33% na comparação trimestral e 23,5% na comparação anual, para R$ 24,98 bilhões. Segundo a empresa, o movimento foi influenciado pela queda do petróleo tipo Brent em reais, a alta volatilidade do mercado de óleo e gás e a contração da demanda global, que levou à redução nas margens de óleo e derivados. "O volume de vendas também foi impactado negativamente".
"Também tivemos maiores despesas operacionais relacionadas a hedge e implementação dos planos de demissão voluntária. Esses fatores foram parcialmente compensados pelo ganho com a equalização relativa aos AIPs da área de Tupi e dos campos de Sépia e Atapu e por menores gastos gerais e administrativos", disse.
A receita de vendas no período foi de R$ 50,89 bilhões, queda de 29,9% na comparação anual, e de 32,6% na comparação trimestral. Segundo a empresa, o resultado veio com a pandemia e o colapso dos preços do petróleo resultantes das negociações da a OPEP+.
Fonte: Estadão