Confirmando o descolamento entre o mercado acionário e o mundo produtivo, a produção de petróleo e gás natural bateu o terceiro recorde anual consecutivo. Quase a totalidade é fruto do trabalho da Petrobras, que enfrenta forte movimento especulativo na bolsa de valores por parte de agentes que desejam a estatal fora do estratégico papel de operadora exclusiva do pré-sal.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção de petróleo em dezembro atingiu 2,497 milhões de barris diários e a de gás natural, 95,1 milhões de metros cúbicos.
O recorde anterior fora registrado em outubro de 2014: 2,393 milhões de barris diários de petróleo e 92,7 milhões de metros cúbicos de gás natural.
A produção de petróleo aumentou 18,4% sobre o mesmo período do ano anterior e 5,9% em relação a novembro. Já a de gás natural subiu 16,6%, sobre o mesmo mês de 2013 e 3,8% em relação com o mês anterior.
No mesmo dia, a cotação dos papéis preferenciais da Petrobras (PN) dispararam 15,47%, fechando a R$ 10, enquanto as ordinárias saltaram 14,23%, a R$ 9,79
O álibi para a alta, porém, não foi a produção recorde, mas a especulação sobre a saída de Graça Foster da presidência da empresa, que seria assumida por um nome ligado ao mercado financeiro, portanto, sem compromisso com o papel estratégico da empresa abominado pelos seus adversários.
A alta ocorreu a seis dias do próximo vencimento de opções das ações da empresa no especulativo mercado futuro,.
O Planalto desmentiu os rumores sobre a demissão de Graça Foster, que passou parte da tarde reunida com a presidente Dilma Rousseff.
Ao deixar o Palácio do Planalto, em Brasília, por volta das 17h20m, Graça se limitou a classificar de “boa” a reunião com a presidente.
Fonte: Monitor Mercantil
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