Contrário à privatização de ativos da Petrobras, o Sindicato dos Petroleiros de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL-SE) está por trás de nove liminares concedidas pela Justiça Federal, em Sergipe, contra a realização do plano de desinvestimento da estatal. Apenas duas liminares estão vigentes, referentes às vendas dos campos de Baúna/Tartaruga Verde e Lapa /Iara, mas isso já foi suficiente para a Petrobras descumprir a meta em 2016.
O principal argumento jurídico do sindicato é o de que os negócios teriam que passar por licitação. A motivação, porém, vai além. "Além de defendermos a exploração do petróleo brasileiro por uma empresa estatal, tememos precarização dos empregos. A Petrobras tem um papel de desenvolvimento e um forte compromisso com a mão de obra local. Outras empresas não teriam esse compromisso", diz Bruno Dantas, diretor do Sindipetro, que é ligado à Conlutas, central sindical de extrema esquerda.
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A Petrobras alega que a sistemática de desinvestimento acordada com o TCU "contempla ampla transparência e competitividade". Além disso, admite a participação de "todas as empresas que se interessarem, desde que cumpram os critérios objetivos de habilitação".
Fonte: Valor