O petróleo cai nesta quinta-feira pela quinta sessão consecutiva e atingiu o nível mais baixo desde dezembro de 2018. A propagação do coronavírus pelo mundo segue pesando nas perspectivas sobre a demanda pela commodity, ainda mais com o número de casos confirmados crescendo em grandes economias como Japão, Coreia do Sul e Itália.
Na China, maior importador de petróleo do mundo, já existe a expectativa de que os dados de atividade industrial em fevereiro mostrarão um impacto notável da epidemia. Segundo estimativas de economistas, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficial do setor industrial chinês pode ter despencado para 43 pontos, o menor nível desde a crise financeira global de 2008, de acordo com uma previsão mediana de 11 economistas consultados pelo jornal “Wall Street Journal”. Em janeiro, o índice ficou em 50, número que separa expansão da atividade industrial e contração.
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Diante do cenário, com mais de 50 países relatando casos confirmados e o presidente dos EUA, Donald Trump, admitindo que o coronavírus pode causar impacto no PIB americano, os preços dos contratos para abril do WTI caíam 2,54% nesta manhã, a US$ 47,49 o barril, por volta de 9h20, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex) - o preço mais baixo desde janeiro de 2019.
Os contratos para abril do Brent, a referência global, recuavam no mesmo horário 2,51%, a US$ 52,09 o barril, na ICE, em Londres - valor mais baixo desde dezembro de 2018.
Segundo analistas, os preços podem cair ainda mais se a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar o Covid-19, nome oficial da doença causada pelo atual coronavírus, como pandemia global.
Fonte: Valor