Os preços do petróleo voltaram a ceder nesta segunda-feira (17), depois de duas sessões de recuperação, quando foram impulsionados pela escalada nas tensões no Oriente Médio. Preocupações com a demanda, com as tensões comerciais e seus reflexos na desaceleração do crescimento global, no entanto, seguem pressionando os contratos futuros da commodity.
Os contratos do Brent para agosto terminaram o dia em queda de 1,72%, a US$ 60,94 o barril, na ICE, em Londres. Já o WTI para julho terminou o dia em queda de 1,10%, a US$ 51,93, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
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Em um relatório divulgado na sexta-feira (14), a Agência Internacional de Energia (AIE) rebaixou sua previsão de 2019 para a demanda global de petróleo pelo segundo mês consecutivo, citando, em parte, a desaceleração econômica global como fator negativo. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) também reduziu sua previsão de crescimento na demanda mundial por petróleo neste ano.
"Para que os preços do petróleo vejam uma recuperação sustentada, a incerteza do comércio precisa ser removida, [embora] os riscos geopolíticos devam considerar o Brent e o WTI em torno dos US$ 60 e US$ 50 o barril, respectivamente", disse Edward Moya, analista sênior de mercados da Oanda.
Os investidores também aguardam uma decisão da Opep e seus aliados sobre a possibilidade de estender seu acordo de corte de produção para além do final deste mês, quando expira. Citando comentários do ministro da Energia da Arábia Saudita Khalid al-Falih em Tóquio, a S&P Global Platts informou, hoje, que os sauditas estão "absolutamente" confiantes de que os membros da Opep e países aliados concordarão em estender o acordo.
Nos Estados Unidos, um relatório mensal da Administração de Informações sobre Energia (EIA, na sigla em inglês), divulgado nesta segunda, mostrou que a produção de petróleo bruto dos sete maiores produtores americanos de xisto deverá aumentar em 70 mil barris por dia em julho, para 8,520 milhões de barris por dia.
Fonte: Valor