Em mais uma sessão volátil, os preços do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (11). Enquanto os investidores continuam atentos a fatores relacionados à oferta e à demanda, a falta de um progresso claro nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China segue pressionando a commodity para baixo.
Os preços dos contratos mais ativos do Brent, para janeiro, fecharam em queda de 0,52%, a US$ 62,18 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os contratos do WTI recuaram 0,66%, a US$ 56,86 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
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O otimismo visto na semana passada sobre as negociações EUA-China vai se dissipando, após o presidente americano, Donald Trump, ter negado que concordou em revogar tarifas impostas durante a guerra comercial que já dura 16 meses.
Contudo, este não foi o único fator que influenciou na cotação do petróleo nesta segunda. Os preços chegaram a subir durante a sessão após uma matéria do “Wall Street Jornal” afirmar que empresas de xisto focadas em petróleo prometeram controlar os gastos, ao mesmo tempo que preveem um crescimento mais lento no ano que vem. A Diamondback Energy, a Callon Petroleum e a Cimarex Energy, todas ativas no Texas e no Novo México, disseram aos investidores, na semana passada, que estavam pensando em manter os gastos do próximo ano em torno dos níveis atuais.
Restringir voluntariamente o crescimento é uma nova dinâmica para a indústria petroleira e reflete um cálculo de que é melhor gastar e produzir menos, enquanto aguardam por preços mais altos das commodities. Uma retração dos produtores de petróleo provavelmente faria com que o crescimento da produção de petróleo nos EUA, já desacelerando este ano, ficasse ainda menor em 2020.
"Acho que a Opep não precisa se preocupar muito com o crescimento do xisto nos EUA a longo prazo", disse Scott Sheffield, executivo-chefe da Pioneer Natural Resources, a investidores.
Por outro lado, notícias veiculadas na imprensa americana informaram que o oleoduto Keystone começou a bombear petróleo do Canadá para os Estados Unidos no domingo (10), ajudando a manter os preços baixos, segundo informações do site "Investing".
O Keystone, que bombeia 590 mil barris por dia ou 17% da produção mensal de Alberta, no Canadá, é um canal crucial para levar o petróleo canadense aos EUA. O oleoduto havia sido fechado em 30 de outubro, depois que vazaram 338 mil galões de petróleo no nordeste de Dakota do Norte, segundo o "Investing".
Fonte: Valor