Os contratos futuros do petróleo estenderam as suas perdas nesta segunda-feira (13), com os investidores descartando os receios com a possibilidade de problemas com a oferta global da commodity.
O contrato do petróleo Brent para março fechou em queda de 1,20%, a US$ 64,20 por barril, na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para fevereiro recuou 1,62%, a US$ 58,08 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
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Ambas as referências do petróleo dispararam com a escalada das tensões no Oriente Médio e anotaram no dia 6 de janeiro novas máximas de oito meses, com os receios de que a oferta da commodity na região fosse prejudicada. Passados os temores, os preços dos contratos Brent e WTI recuaram quase 8%, mais do que devolvendo os ganhos e acumulando agora perdas de cerca de 2,5% (Brent) e 5% (WTI) no ano.
Além do alívio das tensões geopolíticas, os Estados Unidos continuam produzindo petróleo e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, têm restringido a produção para dar suporte aos preços. Isso significa que o cartel pode, rapidamente, responder em caso de problemas temporários com a oferta, dizem especialistas.
Os investidores também aguardam com aparente tranquilidade a assinatura do acordo comercial de “primeira fase” entre Estados Unidos e China, evento programado para ocorrer nesta semana. Na última sexta (10), o presidente americano, Donald Trump, disse que o documento pode ser firmado “um pouco depois” de quarta (15), mas afirmou que o acerto está bem encaminhado.
"É pouco provável que haja um nível excepcional de entusiasmo no mercado, uma vez que o acordo tem sido extensivamente noticiado", disse em nota Stephen Innes, da AxiTrader.
Fonte: Valor