A PetroRio espera reduzir seu custo de extração para US$ 20 o barril a partir de dezembro. A companhia fechou o terceiro trimestre de 2019 com um custo de US$ 22,9 o barril, ante os US$ 24 apurados no segundo trimestre.
De acordo com a petroleira brasileira, a redução dos custos de extração foi possível graças à renegociação de contratos operacionais e à captura de sinergias entre os campos de Polvo e Frade, ambos na Bacia de Campos.
As informações constam de apresentação realizada pela empresa durante teleconferência com analistas.
A PetroRio espera começar o projeto de revitalização do campo de Frade entre 2020 e 2021, disse o diretor de operações da companhia, Francilmar Fernandes.
A previsão é que a primeira fase de perfurações custe entre US$ 190 milhões e US$ 200 milhões ao consórcio. Frade é operado pela PetroRio (70%), em parceria com a Petrobras (30%).
A campanha de perfuração de Frade será dividida em duas fases. A primeira contempla um poço produtor e dois injetores; a segunda, três poços produtores e um injetor.
O diretor financeiro da empresa, Roberto Monteiro, disse que a campanha deve ter início do segundo semestre de 2020, e que a PetroRio está “trabalhando forte” no financiamento do projeto.
“Já desenhamos essa campanha e obviamente já começamos a conversar com alguns fornecedores, mas sem nenhum pedido formal até o momento”, afirmou na teleconferência com investidores para comentar o desempenho da empresa no terceiro trimestre, anunciado na última quinta-feira (31).
Aquisições
Monteiro disse que a companhia está atenta a novas oportunidades de aquisição de ativos. Segundo ele, há muitas oportunidades no mercado e a empresa vem trabalhando em “várias possibilidades”.
“Nosso pipeline [de aquisições] nunca esteve tão grande. Além do processo de desinvestimentos da Petrobras, estamos vendo outras empresas do setor se aproveitando desse momento Brasil interessante. As majors [grandes petroleiras globais] vêm reformulando seus portfólios e desinvestindo de campos que no passado eram impensáveis [de serem vendidos]”, afirmou.
Monteiro comentou também sobre a estratégia de financiamento de eventuais novas aquisições. Segundo ele, a tendência é não recorrer a um financiamento de longo prazo, pré-aquisição. A ideia é repetir o modelo da compra de Frade.
“É mais interessante usar recurso próprio e financiamento em cima [do caixa] de algum ativo existente para fazer aquisição. Em Frade, por exemplo, fizemos um financiamento em cima do campo de Polvo”, disse.
Questionado sobre os planos da PetroRio de emitir títulos na Noruega, Monteiro afirmou que o prospecto está bastante avançado. “Estamos esperando o momento oportuno”, comentou.
Fonte: Valor
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