Os metais perderam em fevereiro o fôlego de alta de janeiro, com os investidores no mercado internacional voltando a se agarrar a um clima de aversão ao risco.
Na Bolsa de Metais de Londres (LME), o níquel recuou 5,99% no acumulado do mês, fechando a sessão de ontem cotado a US$ 20 mil por tonelada. O chumbo perdeu 0,92%, ficando nos US$ 2.261 por tonelada. Esses metais estão entre os que têm sofrido no mercado físico. A oferta avançou nos últimos meses, ao mesmo tempo que a demanda mundial tem preocupado, mostrando desaceleração.
Mas a pressão especulativa também tem sido forte sobre essas commodities. "Em fevereiro, as tendências de curto prazo da LME foram guiadas pela acomodação da recuperação dos EUA e pela disparada do petróleo. A única base dos preços, portanto, foi a China", explicou o líder de indústria de manufatura da Deloitte, José Othon de Almeida.
O alumínio e o cobre, por outro lado, resistiram às pressões e encerraram o mês com avanço de 1,85% e 1,12%, respectivamente, no acumulado do mês. Mas a valorização desses metais só chegou a compensar as quedas verificadas durante fevereiro nos últimos dias. Aos US$ 2.341,5 por tonelada, o alumínio sofreu um revés no mês, depois de diversos anúncios de cortes na produção, o que foi entendido por alguns investidores como um sinal do excesso de oferta no mercado mundial.
O cobre, por sua vez, foi abalado pelas dúvidas sobre a manutenção do crescimento da China, seu maior consumidor. Mesmo assim, os preços ficaram em US$ 8.590,50 por tonelada na última sessão.
No acumulado do ano, os metais continuam em ritmo de alta. O alumínio tem avanço de 17,5%, enquanto o cobre sobe 13,4% e o níquel valoriza 9,65%.
Segundo as projeções do Bank of America Merrill Lynch, o alumínio deve encerrar o ano aos US$ 2.275 a tonelada, enquanto o cobre termina em nível menor, aos US$ 7,750 por tonelada.
Fonte: Valor Econômico/Por Vanessa Dezem | De São Paulo
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