Há vida inteligente no Planalto. A presidente Dilma deu resposta rápida à sociedade. Isso é muito bom. Mas, ponto a ponto, há muito a se criticar. A Educação é importante, mas Dilma deveria direcionar apenas a parte federal dos royalties para o setor, pois prefeituras e governos estaduais têm dívidas a pagar e obras urgentes a executar, de vários ramos.
Lei engessando recursos de estados e municípios irá encontrar dificuldades no Congresso. Ao anunciar apoio ao transporte público, a presidente deveria se desculpar, pois tanto ela como seu antecessor Lula deram seguidos estímulos aos carros particulares, como redução do IPI, aumento do crédito e congelamento artificial do preço da gasolina – mesmo que, nesse último caso, o objetivo principal fosse o de segurar a inflação.
Ao anunciar o Conselho Nacional de Transporte Público, o governo incorre em enorme contradição. Afinal, a presidente fez questão de destacar que o fórum terá a participação de usuários, enquanto que, na recente Medida Provisória dos Portos, extinguiu a voz dos usuários, ao transformar de deliberativo em consultivo o Conselho de Autoridade Portuária, no qual os particulares tinham poder de decisão. Antes de pedir plebiscito para reforma política, Dilma teria de cortar, pela metade, sua atual corte, com 39 ministérios
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto
PUBLICIDADE