SÃO PAULO - Com a menor demanda especialmente no Brasil, a Gerdau cortou sua produção de aço bruto no primeiro trimestre em 4,3%, ante os mesmos meses de 2015, para 4,2 milhões de toneladas.
As vendas totais também caíram, 7%, para 3,9 milhões de toneladas na mesma base comparativa.
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O maior responsável por essa queda foi o volume comercializado pela unidade brasileira da siderúrgica no próprio mercado interno. Foram 896 mil toneladas, recuo de 28,4%. Por outro lado, o grupo exportou 526 mil toneladas por meio dessa operação, um crescimento de 72,5%.
A unidade de negócios Brasil apresentou receita líquida de R$ 2,69 bilhões no trimestre, ou 18,7% a menos do que um ano antes. No mercado interno, a baixa foi menor, de 27,7% para R$ 2,01 bilhões. O Ebitda do segmento recuou 52,4%, para R$ 248 milhões, e a margem foi de 15,7% para 9,2%.
De acordo com a empresa, foram destinadas 1,3 milhão de toneladas de minério de ferro próprio à usina siderúrgica de Ouro Branco, em Minas Gerais, entre janeiro e março. Outras 646 mil toneladas foram comercializadas a terceiros. A Gerdau não vinha divulgando esses números.
Na operação da América do Norte, a produção da companhia também foi reduzida — corte de 5,8% para R$ 1,5 milhão de toneladas. Isso se deveu, disse o grupo gaúcho, por um movimento de queima de estoques. As vendas, por sua vez, aumentaram em 2,4%, para 1,5 milhão de toneladas.
O volume maior de vendas e o real desvalorizado ante o dólar ajudaram a aumentar a receita líquida da área em 12%, para R$ 4,3 bilhões. O Ebitda cresceu 39,8%, para R$ 355 milhões, e a margem foi de 6,6% para 8,3% em 12 meses. O custo por tonelada vendida, acrescentou a empresa, caiu na comparação anual.
Considerando a unidade da América do Sul, a produção aumentou em 5,6%, para 320 mil toneladas, mas as vendas recuaram 6,5%, para 505 mil toneladas. A receita ficou 6,4% menor, em R$ 1,24 bilhão, e o Ebitda subiu 44,1%, para R$ 183 milhões. A margem saltou de 9,6% para 14,8%.
Sobre aços especiais, a Gerdau informou que foram produzidas 736 mil toneladas no trimestre, redução de 14,3%. As vendas caíram 9,2%, para 632 mil toneladas. Com isso, a receita também ficou menor, baixa de 3,4% para R$ 2,17 bilhões. O Ebitda encolheu em 33,1%, para R$ 174 milhões — margem de 8%, ante 11,6% no mesmo período de 2015.
Fonte: Valor Econômico/Renato Rostás