SÃO PAULO - A despeito do excesso de oferta do produto existente no mercado internacional, a produção mundial de aço bruto continua em expansão. Em março, a quantidade de material saído das siderúrgicas alcançou 141 milhões de toneladas, 2,7% maior do que o apurado em igual mês do ano passado. Os dados são da World Steel Association (Worldsteel) e foram divulgados nesta terça-feira em Bruxelas, Bélgica.
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, a produção global de aço bruto alcançou 396 milhões de toneladas, com aumento de 3,4% em bases anuais.
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O levantamento envolve 65 países produtores, que responderam por 98% do volume fabricado no mundo em 2013.
A China, como fabricante líder do setor, manteve seu ritmo de crescimento e puxou a produção mundial. O país rompeu a barreira das 70 milhões de toneladas em único mês. Fechou março em 70,3 milhões de toneladas, o que representou uma alta de 2,2% no comparativo anual.
Com isso, a siderurgia chinesa respondeu por praticamente 50% de todo o aço bruto fabricado no mundo. A título de comparação, o que fez em março é mais que duas vezes o que o Brasil espera fazer neste ano.
Na região asiática, o Japão também se destacou, com crescimento de 2,9% em março, para 9,7 milhões de toneladas, e a Coreia do Sul registrou aumento de 8%, indo a 6,1 milhões de toneladas.
Conforme a Worldsteel, verificou-se também reação dos países da União Europeia, iniciando um processo de recuperação da crise vivida há vários anos. A Alemanha mostrou alta de 6,1%, a Itália, de 8%, e França e Espanha, de 4,1% cada uma.
Na América do Norte, os Estados Unidos tiveram leve aumento de 0,9% em março sobre igual intervalo de 2013 e a região continua com recuperação lenta.
Brasil
Conforme os dados da Worldsteel, o Brasil produziu 2,9 milhões de toneladas em março, mesmo volume de um ano atrás.
A entidade informou ainda que a média de utilização da capacidade instalada da indústria no mundo, nos 65 países que reportaram informações, foi de 79% em março, 0,4 ponto percentual inferior à média de um ano atrás. Em relação a fevereiro, ficou 1,4 ponto percentual acima.
(Fonte:Valor Econômico/Por Ivo Ribeiro/Folhapress /Colaborou Renato Rostás, de São Paulo)