A integradora PromonLogicallis está sob novo comando: sai Luís Eduardo Cardoso e entra Rodrigo Parreira, executivo que comandava os negócios na Argentina desde 2010. Cardoso, que estava na presidência da empresa para o Brasil e América Latina desde a união da Promon Tecnologia com a sul-africana Logicallis, em 2008, deixa a PromonLogicallis e passa a atuar como consultor da diretoria do grupo Promon.
Com 12 anos de carreira no grupo, Parreira assume a PromonLogicallis com dois objetivos principais: aumentar a presença da companhia na América Latina e reforçar sua oferta de serviços de consultoria e gerenciamento dos sistemas de seus clientes. Hoje, dois terços da receita vêm da venda e instalação de equipamentos de parceiros, como a Cisco. "O mercado de tecnologia caminha para modelo de serviços e nós temos uma grande base de clientes para explorar", diz o executivo ao Valor.
Filho de engenheiro, Parreira tem uma formação peculiar para um presidente de empresa: é graduado em Física com doutorado em Física-Matemática. Sua estreia no mundo dos negócios aconteceu na década de 90, na consultoria McKinsey. Em 2000, ele chegou à Promon, onde ocupou diversos cargos de diretoria. Em sua avaliação, o histórico na Física o ajudou a ganhar espaço. "Físicos sabem resolver problemas", diz.
À frente das atividades da companhia na América Latina, Parreira terá como principal desafio a diversificação de ofertas. Atualmente, a PromonLogicallis atende a 200 companhias em nove países da região - a maior parte na América do Sul. Em seu balanço mais recente, referente a 2010, o faturamento chegou a US$ 400 milhões. O Brasil foi responsável por 70% desse total. Os números de 2011 serão divulgados em maio. A expectativa é de um crescimento de 30% na receita
Desde o ano passado, a PromonLogicallis vem se esforçando para mudar o perfil dos clientes que atende. Conhecida por sua atuação entre operadoras de telefonia, a companhia é vista pelo mercado como uma provedora de grandes grupos. A estratégia agora é buscar novos negócios entre as mil maiores companhias do Brasil. No alvo também está o segmento de governo, diz Parreira. "Estamos com várias iniciativas nesse sentido, incluindo a abertura de novos escritórios", diz. Na América Latina, um dos alvos é o mercado do México.
Fonte: Valor Econômico/Por Gustavo Brigatto | De São Paulo
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