A receita com a venda de fertilizantes da Vale cresceu 11,3% no segundo trimestre do ano ante os primeiros três meses de 2012, passando de US$ 829 milhões para US$ 923 milhões. A margem Ebit ajustada dos negócios de adubos foi de 5,3% no segundo trimestre, abaixo dos 5,8% no trimestre anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 8,3%, para R$ 183 milhões. A participação dos fertilizantes na receita da empresa teve um ligeiro aumento, de 7,6% ante 7,3%, no primeiro trimestre do ano.
A Vale acredita na demanda firme por adubos em função também da pior seca que atinge o Meio-Oeste americano em mais de 50 anos. A estiagem está provocando alta dos preços das commodities, principalmente de grãos e oleaginosas, cuja produção faz uso intensivo de fertilizantes.
O aumento dos preços dos alimentos é importante indicador antecedente da demanda por estes produtos, na medida em que os agricultores buscam maior produtividade para aumentar a oferta em resposta aos preços mais atrativos.
O aumento da renda per capita e a urbanização das economias emergentes estão produzindo mudanças na dieta alimentar, que passou a incluir mais alimentos processados, gorduras e proteínas de origem animal— o que impulsiona a demanda por grãos e oleaginosas, e que também conduz à expansão da demanda por fertilizantes.
A empresa afirmou, em seu relatório de resultados, que está se posicionando para produzir volume crescente de fertilizantes no médio prazo por meio do desenvolvimento de vários projetos de potássio e produtos fosfatados.
Em 23 de abril de 2012, a Vale renovou o contrato de arrendamento de ativos e direitos minerários de potássio com a Petrobras em Sergipe por um período de 30 anos, permitindo a continuidade da lavra de potássio em Taquari-Vassouras e o desenvolvimento do projeto Carnalita.
Quando entrar em produção, a estimativa é que o projeto será a maior operação de potássio do Brasil, com capacidade estimada de 1,2 milhão de toneladas por ano de potássio.
Fonte: Valor / Carine Ferreira
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