A prioridade é o abastecimento humano, portanto, o consumo industrial e para irrigação seriam preteridos. Mesmo havendo infraestrutura para atender a Refinaria Premium II, da Petrobras, e a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), os empreendimentos teriam que buscar alternativas para o consumo industrial de água.
“Pode impactar nos grandes segmentos industriais. Nossa siderúrgica, se estivesse pronta, seria um segmento que sofreria tremendamente pela escassez de água. Outros segmento duramente afetado é o refino, que usa a água para processo”, ressalta Bruno Iughetti, consultor de gás e petróleo.
Ele ressalta que todo processo de resfriamento utilizado em grandes indústrias é feito com água.Embora atualmente seja de água reciclada, esse processo seria afetado.“Grandes empresas de transformação utilizam-se de água em seus processos”, complementa.
Novas concessões
O gerente de Outorga da ANA, Luciano Menezes,ressalta que situações podem trazer racionamento de água. “Situação de seca, o órgão responsável lanças os alertas. A indústria tem que parar. Mineração tem que parar. Irrigação tem que parar. Quando o reservatório melhorar seu nível, vai voltando, dentro dos limites que cada um foi outorgada”, ressalta.
Além dos rios estaduais, o Governo do Estado tem autorização da ANA para gerir o uso dos reservatórios federais no que se refere ao consumo humano. Luciano antecipou que essas concessões estão sendo revista, provavelmente, para aumentar a gerência do estado sobre reservatórios federais. O objetivo é dar agilidade às ações, ao invés de ir à Brasília sempre que precisar tomar decisões. (Andreh Jonathas)
Fonte: O Povo (CE)
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