A Petrobras reverteu seu prejuízo em lucro de R$ 266 milhões no terceiro trimestre de 2017, mas a última linha do balanço veio muito abaixo das expectativas do mercado. Analistas ouvidos pelo Valor esperavam ganhos de R$ 2,7 bilhões.
As quatro casas de análise consultadas (UBS, Santander, Itaú BBA e Morgan Stanley) estavam mais otimistas em suas projeções, pois não esperavam que a Petrobras repetisse nesse trimestre os “impairments” (baixas contábeis por redução ao valor recuperável de ativos) que levaram ao seu último prejuízo trimestral, há um ano.
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No entanto, a companhia registrou uma baixa contábil no valor de R$ 222 milhões, que ela chamou de “rescaldo de impairments anteriores”. No terceiro trimestre de 2016, o “impairment” havia sido de R$ 15,7 bilhões.
Já a receita líquida da companhia, que somou R$ 71,8 bilhões no terceiro trimestre, ficou 9,5% acima do projetado pelos analistas, de R$ 65,4 bilhões.
Por último, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou levemente abaixo das estimativas. A média prevista por analistas era de R$ 21,872 bilhões ante os R$ 21,6 bilhões registrados pela empresa.
O lucro veio abaixo da expectativa devido a efeitos não-recorrentes, informou o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Ivan Monteiro. Segundo ele, esses efeitos são basicamente fruto de contingências judiciais e da adesão ao programa de contencioso tributário.
BR Distribuidora
Questionado sobre as perspectivas relativas ao IPO da BR Distribuidora, o diretor disse que “não podemos fazer nenhum comentário sobre IPO”. Ele disse ainda que, sobre a Braskem, a companhia continua em negociações com a Odebrecht para o acordo da companhia petroquímica.
Fonte: Valor