SÃO PAULO - A Samarco projeta manter, em 2016, o faturamento deste ano. Não há perspectiva de novo aumento da capacidade produtiva, nem ganhos significativos em relação ao preço, segundo o diretor financeiro e de suprimentos da Samarco, Eduardo Bahia. A companhia foi vencedora do "Valor 1000" da categoria "Metalurgia e Mineração".
O executivo ressalta que o setor de mineração vive, mundialmente, cenário de baixa de preços, o que afeta diretamente o faturamento das empresas. Não há indicações de mudanças nessa tendência, conforme Bahia.
“A Samarco vende ao mercado pelotas de minério de ferro, um produto de alto valor agregado, mas com produção limitada à capacidade instalada da empresa, que é de 30,5 milhões de toneladas por ano”, acrescenta.
Em relação aos investimentos, o foco da Samarco está nas ações necessárias para manter as operações atuais, devido ao momento de baixa dos preços. “Não há, até o momento, previsão de aportes significativos no curto prazo”, diz o diretor financeiro.
Os programas de excelência operacional geraram economia de R$ 1 bilhão nos últimos cinco anos, de acordo com o executivo. O número de funcionários não deve sofrer alterações.
Em relação à economia, na avaliação de Bahia, são necessárias, no curto prazo, “medidas de estabilização institucional para que o Brasil vença os entraves que vêm dificultando o andamento de medidas de ajustes da economia”.
“Seria importante união dos diversos entes governamentais, empresas e sociedade para reestabelecer a confiança no país”, diz. Desta forma, segundo ele, o Brasil se tornará mais atraente para investimentos.
Na busca de ajuste fiscal, é preciso haver “melhor uso do dinheiro disponível” e não pagamento de “mais ou menos impostos”, de acordo com o diretor financeiro.
“Da mesma forma que o setor privado, o setor público também precisa avançar em termos de planejamento e, principalmente, de eficiência na execução”, afirma Bahia. Conforme o executivo, a iniciativa privada pode compartilhar com o governo experiências bem sucedidas.
Valor Econômico
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