A Royal Dutch Shell se comprometeu a reduzir pela metade suas emissões de dióxido de carbono até 2030, um dia após o fundo ativista Third Point pedir o desmembramento da gigante de energia para melhorar seu desempenho ambiental e financeiro.
A empresa anunciou nesta manhã que reduziria em 50% as emissões de carbono sob seu controle operacional até o final da década em comparação com os níveis de 2016, mas não se comprometeu, no entanto, a cortar as emissões relacionadas ao uso de seus produtos.
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“Nosso plano de negócios para 2022 refletirá essa nova meta que estamos comprometidos em cumprir, independentemente de ganharmos ou perdermos nosso recurso contra a decisão”, disse o documento sobre a decisão de um tribunal holandês que obrigou a empresa a reduzir as emissões em 45% até 2030.
Além disso, a empresa também se comprometeu a antecipar a remoção da queima de gás de rotina de seus ativos exploração e produção de petróleo para 2025. O prazo anterior era 2030.
A mudança ocorre no momento em que a Shell busca conciliar demandas conflitantes de acionistas, com alguns empurrando a empresa para ficar com o negócio de petróleo, que conhece, se concentrando em pagamentos e diminuindo com o tempo, e outros querendo ver um maior investimento em fontes de energia de baixo carbono.
Na quarta-feira, o fundo de investimentos Third Point, com sede em Nova York, anunciou ter comprado uma participação na Shell e afirmou querer que a empresa se divida em duas, separando seus negócios de petróleo das operações de gás natural liquefeito e energia renovável, para assim reter e atrair investidores.
Fonte: Valor