São Paulo - Em meio à escalada dos custos de suas principais matérias-primas - minério de ferro e carvão -, as siderúrgicas brasileiras se ressentem da redução da rentabilidade do setor no país. A Vale, uma das três empresas que controlam a produção mundial de minério de ferro, rebate as queixas das suas clientes afirmando que a atividade de mineração não é excludente em relação à de siderurgia e que seu minério tem alta qualidade.
Durante o último painel realizado na semana passada no Congresso Brasileiro do Aço, executivos da Usiminas, ArcelorMittal e Vale discutiram o assunto, deixando claro que a relação entre as partes é delicada neste momento.
De acordo com o presidente da Usiminas, Marco Antônio Castello Branco, a rentabilidade do setor está migrando do aço para o minério de ferro e o carvão devido à alta dos insumos. “Uma parte cada vez maior do Ebitda está ficando com aqueles que nos vendem os insumos”, afirmou. Segundo ele, na produção de bobinas a quente, o aço ficou com 28% do Ebitda do setor em 2009, enquanto o minério ficou com 41% e o carvão com 31%. Em 1995, o aço ficava com 81% da rentabilidade, ante fatia de 8% do minério e de 11% do carvão.
“A mudança ocorre por causa da grande demanda chinesa por matérias-primas”, disse.
Fonte: A Gazeta/Vitória (ES)/Agência Estado
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